segunda-feira, 19 de julho de 2010

Eu preciso me fortalecer na fé



Todos nós sabemos que permanecer firme em Cristo, com uma fé bíblica e saudável não é tarefa fácil. Jesus mesmo deixou isso claro para os discípulos: “No mundo passais por aflição, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” e sempre os alertou contra as investidas de Satanás, do mundo e da nossa carne. Mais à frente encontramos a mesma orientação dos apóstolos juntos à igreja. O apóstolo Paulo pede para que se elejam presbíteros que pastoreiem a igreja de Deus por causa dos lobos vorazes que não pouparia o rebanho (At 20.28, 29) e em outras passagens adverte contra “vãs filosofias e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos deste mundo” (Cl 2.8). O autor aos Hebreus também faz o mesmo alerta: “ora, na nossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue” (Hb 12.4) e o Apóstolo Pedro da mesma maneira “não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos...” 1 Pe 4.12, o mesmo faz o Apóstolo João da mesma forma, quando escreve às igrejas: “...não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10), portanto, é evidente que é primordial o crente zelar por sua fé, por suas convicções cristãs e por seu comportamento cristão. Sabendo de todas essas coisas Deus já havia providenciado exercícios necessários para que possamos estar preparados para a corrida rumo à nossa pátria. Isso é o que chamamos de “meios de graça”, ou seja, maneiras que o Eterno deixou para cada crente desfrutar e lhe servir de fortalecimento espiritual, coisas que os cristãos não devem desprezar para o seu próprio fortalecimento e firmeza na fé. Um bom resumo do que precisamos para o fortalecimento de nossa fé se encontra em At 2.42 a 47. Após serem batizados passaram aqueles irmãos a: 

  • “Perseverar na doutrina dos apóstolos” – buscavam fortalecimento na fé por meio do ensino da Palavra de Deus, do estudo firme daquilo que os apóstolos pregavam;

  • “na comunhão” – buscavam fortalecimento através do viver juntos, do encontrar-se, do depender do calor uns dos outros, do auxílio mútuo, do estar juntos;

  • “no partir do pão” – buscavam através da Ceia, do compartilhar o corpo de Cristo, daquilo que Jesus havia feito para cada um deles, tendo os perdoado fortalecimento de sua fé;

  • “e nas orações” – buscavam fortalecimento da fé por meio da oração, do preocupar-se uns com os outros apresentando os mesmos à Deus por meio da oração;

  • “todos os que creram estavam juntos” – buscavam fortalecimento da fé por meio do estar juntos, do gostar de compartilhar das bênçãos de Deus e da salvação em Cristo;

  • “vendiam suas propriedades e bens distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade” – buscavam fortalecimento da fé por ajudar uns aos outros em suas necessidades;

  •  “diariamente perseveravam unânimes no templo” – buscavam o fortalecimento de sua fé através do estar junto para adoração, louvor, ensino da Palavra e encontro com os irmãos;
  • “partiam o pão de casa em casa” – buscavam o fortalecimento de sua fé através da comunhão íntima, do cuidado próximo, do comer juntos;
Esses nossos primeiros irmãos faziam isso tudo como uma resposta por aquilo que acreditavam que Jesus havia feito por eles. Não eram, se quer, cobrados para que se exercitassem com os meios de graça porque entendiam que, sem esses meios, estariam à mercê de pensamentos, filosofias e falsos ensinos que os desencaminhariam a viver à parte do único Deus.
O que talvez muitos de nós não sabemos é que a nossa fé em Cristo, a nossa alegria nele, o desejo por comunhão, por adoração, por pastoreio, por oração juntos, pelo partir do pão pode ser estremecido por pessoas que já experimentaram todas essas coisas. Creio que você conhece pessoas que, um dia professaram a sua fé, começaram bem na caminhada, até mesmo se casaram com pessoas crentes, batizaram seus filhos, mas tiveram a sua fé abalada por crentes desanimados, não envolvidas com o Reino de Deus, não participativos em nada é não dispostos a exercer seus dons para a edificação de outros.
É preciso queridos sempre lembrar que Deus nos ama e que Ele nos deixou disponível várias maneiras para que tivéssemos nossa fé em Cristo fortalecida e não desanimemos da caminhada em Cristo. É preciso nos dispor a buscar esses meios, a nos desdobrar a ajudar outros, a um fortalecer o outro, a desejarmos viver uma autêntica vida com Deus: “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus” (Cl 3.1)
Que Deus nos ajude cada vez mais.


Rev. Renato Rocha

segunda-feira, 12 de julho de 2010

EVANGELIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO, É PARA ISSO QUE EXISTIMOS

Porque a igreja existe? Qual é seu propósito principal? Porque Deus a deixou no mundo? Nós sabemos que antes de subir ao Pai, Jesus tratou diretamente dessas questões. Certo dia, numa montanha na Galiléia, falou usando uma linguagem clara e simples: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai do filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado, e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.19, 20).


Em um momento anterior havia dito na presença dos discípulos, mais especificamente a Pedro: “...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno [o poder da morte] não prevalecerão contra ela” (Mt 16.18). Agora, antes de deixá-los dando continuidade à sua obra e cumprindo suas palavras, disse-lhes: “fazei discípulos de todas as nações!” a ordem é clara, concisa e abrangente. No fundo Jesus estava dizendo: “Enquanto forem, façam discípulos, batizem esses discípulos e ensinem-lhes o que ensinei a vocês”, ou seja, “vão a todos os lugares e ganhem pessoas para Cristo e depois os batizem e ensinem a esses cristãos a verdade que tenho ensinado a vocês”

Se dermos uma olhada um pouco à frente, foi praticamente isso o que aconteceu naqueles dias. Em At 14.21, 22 vê-se uma clara ilustração do cumprimento das instruções de Jesus de fazer discípulos e ensinar-lhes: “E tendo anunciado o evangelho naquela cidade [Derbe], e feito muitos discípulos, voltaram para Listra e Icônio e Antioquia, fortalecendo as almas dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé...” – isso é um claro cumprimento da comissão dada por Cristo em Mt 28.19, 20. Podemos dizer então que a igreja existe para cumprir duas funções fundamentais – a evangelização (fazer discípulos) e a edificação (ensinar-lhes). Por sua vez, essas duas funções respondem a duas perguntas: primeira: “Porque a igreja existe no mundo?” E a segunda: “porque a igreja existe como comunidade congregada?”

Quando perguntamos “porque a igreja existe no mundo?”, você está perguntando o que Deus espera realizar por meio de seu povo á medida que este entra em contato com o mundo incrédulo! E quando perguntamos indagamos: “Por que a igreja existe como comunidade congregada?”, você está perguntando o que Deus espera que aconteça aos fiéis à medida que se reúnam como membros do corpo de Cristo. Evangelização e edificação, eis nossas tarefas.

Que Deus nos capacite cada vez mais e nos engajemos cada vez mais.

Rev. Renato Rocha

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Porque “Grupos de crescimento?"

Se pudéssemos tirar um raio “X” das igrejas encontraríamos a seguinte situação: muita gente que aceitou a Jesus, é um convertido mas anda oprimido e é inexperiente para com as implicações da fé. o pior de tudo que entre esses encontraríamos no meio disso tudo pouco líderes competentes. Gente qualificada e disposta o bastante para começar e sustentar um ministério saudável. Creio que é por aqui que se encontra um dos maiores empecilhos para que o evangelho seja efetivamente propagado.

Todos nós sabemos que Jesus chama discípulos e não meros convertidos à fé. Um discípulo é aquele que aprende com um professor, por meio de exemplos, instrução e experiência durante um período de tempo e tem como resultado sua vida transformada. O grande problema que enfrentamos hoje no modelo de igreja que vivemos é que não forma discípulos, não há treinamento e muito menos treinamos líderes. Creio eu que estamos tendo uma grande oportunidade de uma nova maneira de ser igreja, onde o senso de família é estabelecido, as necessidades pessoais são atingidas e o potencial para o ministério é liberado. É impossível que isso aconteça no contexto de grandes cultos semanais de celebração, sejam eles empolgantes e agradáveis, por isso, a nossa urgente necessidade de refazermos nossa maneira de viver.

Deus tem nos dado essa oportunidade de vivermos num novo tempo onde pessoas não cristãs tem um acesso melhor de entrada à igreja, onde podemos efetivamente evangelizar, onde há cuidado verdadeiro por pessoas, onde há possibilidade de crescimento espiritual, amigável, saudável, na palavra de Deus e no temor do Senhor e onde as pessoas podem usar os seus dons como Deus as concedeu. Estou me referindo aos grupos de crescimento. É por meio do grupo de crescimento que podemos acabar de vez com aquele cenário de vermos, anos após anos, pessoas que vem aos cultos no domingo e deixam a igreja porque não se sentem conectados, importantes, ouvidos e tendo suas necessidades observadas mais de perto. As chances dessas pessoas se tornarem meras observadoras da fé, consumistas de igrejas e infantis na comunhão é muito grande pois não experimentam o verdadeiro discipulado.

Queridos irmãos, Deus tem nos chamado para sermos semelhantes a Jesus em todas as coisas, mas para isso, é preciso nos desfazermos das bagagens que só nos impedem de termos essa vida e compartiharmos essa vida. Creio que os nossos grupos de crescimento são locais onde Deus quer nos proporcionar viver uma nova etapa do nosso crescimento rumo à maturidade cristã, ao discipulado, ao treinamento de líderes, à comunhão verdadeira, à evangelização e no aprofundamento dos relacionamentos e convívio saudável. Quero desafiar você a se dispor para esse novo tempo. Que Deus nos abençoe.

Rev. Renato Rocha